sexta-feira, 18 de abril de 2014

Essa Terra é minha - 7º ano

Esta terra é minha: Um incrível clipe sobre a história da Terra Santa.



"O primeiro homem que, havendo cercado um pedaço de terra, disse "isso é meu", e encontrou pessoas tolas o suficiente para acreditarem nas suas palavras, este homem foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassínios, de quantos horrores e misérias não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando os marcos, ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: Livrem-se de escutar esse impostor; pois estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos, e a terra de ninguém!"


Jean Jacques Rousseau, O contrato social (1762)


domingo, 6 de abril de 2014

Projeto: De volta para o futuro: antes e depois - 8º e 9º ano

“O presente foi buscar o passado, registrou-o e agora o deixará como herança. Aos que virão, rememorar será também reviver – ou, quem sabe, até mesmo recriar.”

Este projeto busca discutir conceitos de memória e história, tendo como base a coleção particular de cada estudante.
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Canudos e Contestado guerra de Deus e do Diabo. - Cangaço - 9º ano




terça-feira, 1 de abril de 2014

Guerra dos Mascates - 8º ano


TEXTO 1:
                                                                  MASCATES
O que foi

A Guerra dos Mascates foi uma rebelião de caráter nativista, ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife.

Contexto histórico

Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder político na capitania de Pernambuco.

Por outro lado, Recife se descolava deste cenário de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comerciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses.

Causas da Guerra dos Mascates

- Disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder político em Pernambuco.

- Crise econômica na cidade de Olinda.

- Favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife.

- Forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda.

- Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco.

Objetivos

- Os olindenses queriam manter o controle político na região, sobretudo com relação à próspera cidade de Recife.

- Os olindenses queriam que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condição de povoado.

- Os olindenses não queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates (comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento.

Como foi e fim do conflito

Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses se organizaram e invadiram Recife. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado.

Consequências

- O governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento.

- A autonomia de Recife permaneceu após o conflito.


- Em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.



TEXTO 2:
MASCATES
O embate envolveu senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e comerciantes portugueses do Recife — chamados pejorativamente de mascates. Dependentes economicamente dos comerciantes, junto a quem contraíram dívidas por causa da queda internacional do preço do açúcar, os proprietários pernambucanos não aceitaram a emancipação político-administrativa da cidade do Recife (que até então era uma comarca subordinada a Olinda). A emancipação de Recife só agravaria a situação dos fazendeiros diante da burguesia lusitana, que passaria a estar em igualdade política com os devedores.

Em fevereiro de 1710, pouco depois de receber a carta régia que eleva o povoado à condição de vila, os comerciantes inauguram o Pelourinho e a Câmara Municipal, separando o Recife de Olinda, a sede da capitania. A aristocracia rural pernambucana reagiu e atacou Recife sob a liderança de Bernardo Vieira de Melo e de Leonardo Bezerra Cavalcânti. O governador Sebastião de Castro Caldas Barbosa, ligado aos mascates, fugiu para a Bahia, deixando o governo da capitania com o bispo Manuel Álvares da Costa Claumann. Mas os mascates contra-atacaram em 1711, invadindo Olinda e provocando incêndios e destruição em vilas e fazendas próximas.

A nomeação de um novo governador e a atuação de tropas mandadas da Bahia puseram fim à guerra. A burguesia mercantil recebe o apoio da metrópole, e o Recife mantém sua autonomia. Mas o sentimento autonomista e antilusitano dos pernambucanos, que vinha desde a luta contra os holandeses, continua a manifestar-se em outros conflitos, como a Conspiração dos Suassuanas, a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador.

Guerra dos Mascates (1709-1711)

A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco e, aparentemente, foi um conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes do Recife. Estes últimos, denominados “mascates”, eram, em sua maioria, portugueses.

Antes da ocupação holandesa, Recife era um povoado sem maior expressão. O principal núcleo urbano era Olinda, ao qual Recife encontrava-se subordinado.

Porém, depois da expulsão dos holandeses, Recife tornou-se um centro comercial, graças ao seu porto excelente, e recebeu um grande afluxo de comerciantes portugueses.

Olinda era uma cidade tradicionalmente do minada pelos senhores de engenho. O desenvolvimento de Recife, cidade controlada pelos comerciantes, testemunhava o crescimento do comércio, cuja importância sobrepujou a atividade produtiva agroindustrial açucareis, à qual se dedicavam os senhores de engenho olindenses.

O orgulho desses senhores havia sido abala do seriamente desde que a concorrência das Antilhas havia colocado em crise a produção açucareis do nordeste. Mas ainda eram poderosos, visto que controlavam a Câmara Municipal de Olinda.

À medida que Recife cresceu em importância, os mercadores começaram a reivindicar a sua autonomia político-administrativa, procurando libertar-se de Olinda e da autoridade de sua Câmara Municipal. A reivindicação dos recifenses foi parcialmente atendida em 1703, com a conquista do direito de representação na Câmara de Olinda. Entretanto, o forte controle exercido pelos senhores sobre a Câmara tornou esse direito, na prática, letra morta.

A grande vitória dos recifenses ocorreu com a criação de sua Câmara Municipal em 1709, que libertava, definitivamente, os comerciantes da autoridade política olindense. Inconformados, os senhores de engenho de Olinda, utilizando vários pretextos (a demarcação dos limites entre os dois municípios, por exemplo), resolveram fazer uso da força para sabotar as pretensões dos recifenses. Depois de muita luta, que contou com a intervenção das autoridades coloniais, finalmente em 1711 o fato se consumou: Recife foi equiparada a Olinda. Assim terminou a Guerra dos Mascates.

Com a vitória dos comerciantes, essa guerra apenas reafirmava o predomínio do capital mercantil (comércio) sobre a produção colonial. E isso já era fato, uma vez que os senhores de engenho eram frequentemente devedores dos mascates. Portanto, a equiparação política das duas cidades tinha fortes razões econômicas e obedecia à lógica do sistema colonial.

Museu da Universidade Federal do RJ - 6º ano


Atividade

Agindo como um historiador, procure obter informações sobre o objeto.
  1.   De que material foi feito o objeto?
  2. Que artesão o produziu?
  3. A que povo indígena ele pertence?
  4. Qual o formato do seu artefato?
  5.  Onde vive esse povo?
  6.  Quando o artefato foi coletado?
  7.  Quem o coletou?
  8. Que conhecimento sobre esse povo um historiador poderia elaborar?
  9. Quais os aspectos o artefato chamaram a sua atenção?
  10.  Desenhe o artefato.