domingo, 10 de outubro de 2010

PROJETO: ACHADOS ARQUEOLÓGICOS EM CAMBORIÚ


Muitos filmes de aventura, livros de suspense e mistério, ou mesmo vídeogames têm um arqueólogo como personagem principal. Via de regra, vamos encontrá-lo mergulhado em alguma selva impenetrável numa busca desenfreada por objetos raros e únicos, produzidos por estranhas civilizações desaparecidas.
De fato, na vida real o arqueólogo enfrenta situações inusitadas e tem um cotidiano cheio de surpresas. Porém, a visão difundida pela indústria do lazer a respeito desse campo de pesquisa é limitada e ultrapassada, já que em ciência tudo se transforma: as teorias, os métodos e as próprias tecnologias que auxiliam nas descobertas e em suas interpretações.
A Arqueologia pode ser definida como a ciência que estuda o passado humano a partir dos vestígios e restos materiais deixados pelos povos que habitaram a Terra.
No estudo sobre história nos deparamos com as ciências que auxiliam o historiador, entre elas se destaca a arqueologia. Em um estudo introdutório sobre a profissão de um arqueólogo, uma noticia é passada para os alunos, na qual se explicam as circunstâncias do descobrimento de um osso na escola semi-enterrado provavelmente humano pertencente ao período quaternário, no CAIC de Camboriú/SC.
Partindo disso os alunos são levados a por em prática seus estudos sobre escavações e arqueologia empregando uma estratigrafia na qual se simplificará a superposição de camadas da Terra, com um plano detalhado do sítio, para vir a tornar evidente o achado. Os alunos são convidados a atuar como arqueólogo mirim para descobrir este mistério onde cada professor entra com sua área de conhecimento, para desvendar o mistério.
A investigação histórica requer interdisciplinaridade, cada professor entrou na sua área de conhecimento descrito a baixo:
Os conteúdos relativos aos procedimentos são diversos:
a) Em primeiro lugar, trata-se de formular todas as hipóteses possíveis. É preciso criar O hábito de formular hipóteses diante de qualquer problema científico.
b) A formulação de hipóteses deve se dar com base nas pistas encontradas no sitio arqueológico. Pista, aqui, equivale a elemento que permite reforçar a hipótese de trabalho.
c) Finalmente, trata-se de discutir, com argumentos lógicos, as hipóteses razoáveis.
Os conteúdos relativos à atitude são aqueles da valorização e respeito aos vestígios da pré-história por serem patrimônio coletivo e fonte de conhecimento histórico.
O projeto foi apresentado por meio de breve conversa na qual o professor apresentou para o grupo algumas perguntas chaves: Como podemos saber a idade das coisas? Até que ponto podemos confiar nas descrições do passado remoto da humanidade, dadas pelos arqueólogos? Insistir que, às vezes, averiguar esse passado remoto exige que se trabalhe como um detetive: fixar-se em minúsculos detalhes, relacionar objetos aparentemente sem nenhuma conexão, recorrer a informes de laboratório...
Na seqüência, os alunos foram convidados a atuar como arqueólogos mirins. Em pequenos grupos leram as orientações passadas pelo professor. Uma vez analisadas as pistas o guia de investigação proporcionou as indicações para continuar o trabalho e estabelecer com facilidade as características do sitio arqueológico, a importância da utilização dos instrumentos de pedra e da cerâmica. A última questão sugerida foi para suscitar um debate sobre as condições de vida dos coletores e pescadores do litoral.

Nenhum comentário: